segunda-feira, 3 de março de 2014

Constelações

Sem querer escutei uma música que automaticamente me trouxe o Miguel à memória.

Como é que eu achei que eu e ele pode ser algo certo?
Temos o gosto pelas línguas em comum, apesar de o dele ser amor. 
Mas para além disso, que mais?
Tentei convence-lo a cozinhar bolos comigo, mas a culinária não é um interesse dele, é um interesse meu. E desta frase tiram-se muitas conclusões...
Como é que achei que eu e ele podia ser algo certo?
Ele para mim tem tudo para ser certo. E eu para ele não tenho nada para ser certo.
Não gostamos da mesma música. Eu até gosto da dele, mas ele não deve certamente gostar da minha.
A meu ver, se eu fosse ele, também não tinha gostado de mim. Para ele sou uma estranha rapariga que faz o que lhe dá na real gana. E isso não é nada o tipo dele.
O erro nesta história, foi meu, e dele, de numa noite sem sono, ficar muitas horas a conversar, e criar uma ligação ai. E o erro nesta história, foi eu sentir uma ligação que pelos visto não existiu. 
E o meu erro, foi não amansar a coisa, e estimar uma possível amizade. Ou não ter saído de casa nessa noite...
Eu sei lá. Acho que não conseguia ser amiga dele. Ele é demasiado interessante para ficar só a falar das estrelas.

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