sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tu dormes com ela, e eu sonho contigo.

Numa visita de estudo á Igreja de Sto. António, duas filas atrás de mim, uma Srª diz:
- Desculpe, mas a sua marcação tem de ficar para mais tarde porque hoje temos cá uma escola.
Eu viro-me para trás... E para minha surpresa, lá estavas tu. Tu e ela, os noivos, prontos para mais uma das aulas de preparação para o matrimónio. O Matrimónio...
Vi os teus cintilantes e profundos olhos azuis postos no meus...
Não sei se derreti ou se enregelei. Era dor a mais ver-te novamente. Depois destes anos ainda sentir tanto.
É impossivel não te sentir, não te reviver. É impossivel não chorar com o teu sorriso.
Fixaste-me. Inquiriste-te. Levantaste-te
Discretamente disseste-lhe que ias sair. Espalhafatosamente corri atrás.
Encontramo-nos na entrada da igreja, como se fossemos nós os recem casados...
Sorriste por ver que eu estava bem. Entristeci por saber que sorrias por isso.
Não falavas. Vi-te no semblante que não querias falar, apenas querias apaixonadamente observsar-me.
Eu também não queria falar. Não queria ouvir. Não queria ver. Queria sentir-te. Sentir-te presente. Sentir-te apenas.
Mas eu tinha de falar.
Vomitei um turbilhão de perguntas e exclamações, cheguei a dizer-te:
- Eu pensei que tinhas morrido com o Iphone ligado a tomáda!
Que estupidez...
Em vez de aproveitar o momento para te apreciar, fui tornar-me no motivo porque me deixas-te.
Conversamos durante o que me parecerem uns eternos e miseros segundos...
O teu telefone toca... Era a nossa música... A nossa música?
E era ela a telefonar-te, vi-te na cara. Ficas-te sobressaltdo por eu reparar nisso. Mais, ficas-te incomodado por eu reparar na nossa música.
"- Sim..."

1 comentário:

Rozen disse...

até me doeu ler isto, o título está perfeito amiga, compreendo-o bem... Mas que encontro extraordinário :/