sexta-feira, 17 de agosto de 2007

«A Strong Lack Of Memory In A Strange Night»

acordo
tinha uma sensaçao de vazio em mim
abro os olhos
vejo o branco tecto
penso se nao deveria ser de outra cor,
olho em redor
e pergunto se nao deveria por uns quadros nas paredes
por uns cortinados
talvez ate mesmo, por mais uma almofada na cama
levanto-me e olhos pro corredor, nao devaria eu por uma carpete ao longo dele?
sigo ate á cozinha, nao tenho torradeira, nem tenho microondas
tenho uma pequena mesa, um lava-loiças, e um mini-frigorifico
abro-o, esta quase vazio, com uma garrafa de agua, tres maças, dois iogurtes, e uma grade de cerveja
penso no que escolher pra começar o dia, por mim era uma cerveja, fresca, mas neste frigorifico nao me parece
tiro uma maça, esta levementa a passar de verde a amarela
acho que olho pra baixo e me vejo em boxers, e me vou vestir
no amontoado de roupa que tenho na cadeira sa sala,
a unica cadeira que aquela pequena sala tem
e escolho uns calçoes largos pretos, e uma t-shirt vermenha, toda amarrotada
no quarto, debaixo da cama, procuro algo pra calçar
á primeiro sai-me uma sapatinha laranja, e depois um chinelo branco
achei melhor os chinelos,
acabei por ter de me meter debaixo da cama á procura do par
pensei nas horas, mas nao tenho relogios, olhei pla janela do apartamento
pla atividade, pareciam-me ser umas 3h da tarde
voltei á sala, ver se encontrava as chaves de casa e da mota, as malditas nao apareciam
decidi ir embora sem ela, depois entrava plas escadas de emergencia e procura-las-ia
quando fecho a porta, vejo as de casa na fechadura de fora, mas as da mota...
e fez-se um clic
lembro-me da festarola da noite anterior
grande festa em casa da Maria
ao descer as escadas a memoria vai voltando
lembro-me de ver a maria receber-me á porta de sua casa
"bem bonita que ela estava" penso eu
com aquela saia azul que lhe fica tao bem
grande amiga a maria, sempre esteve presente quando precisei
dois andares abaixo do meu
vejo uma garrafa de whisky caida
lembro-me que fui eu que a la deixei
depois de ter vindo da casa de alguem, a pé
nao me lembro de quem, so recordo partes dessa casa
saio do predio, olho pro estacionamento, mota, nem ve-la,
deve estar em casa da maria
sigo rua abaixo
mas as imagens da tal casa nao me saiem da cabeça, de tal modo, que nao me lembrei mais da mota
mas de quem seria a casa?
decido ir ate casa da maria, ver se ela me ajuda na minha descoberta
chegado la, encontro o paulo a dormir na rede do jardim, junto á piscina
entro pla varanda, no sofa da sala estao o andre e a joana enrrolados um no outro
aproveito pra ir á casa de banho, visto que me tinha esquecido de o fazer em casa
quando lavo a cara, ouso a maria falar com alquem na cozinha, enquanto faziam o almoço, quer dizer, acho que lanche, diziam elas
-"grande noite ontem, acho que nunca tinha bebido tanto"
ao que a amiga, por sinal bem bonita, responde:
-"a quem o dizes maria, foi uma noite de loucos mesmo"
-"entao ju?que se passou na minha ausencia?"
-"pois na tua ausencia, tu sabe-la toda, pisgas-te com o henrique pro quarto, no outro estava a rita com o mauro, no outro estava a raquel e o joao, ainda tentei a casa de banho..."
e entao decidi interromper
-"por falar em casa de banho, quem é pra la vomitou? tens o chao todo sujo maria albertina!"
e a isto fica a tal da ju de boca aberta e a maria:
-"ola tambem pra ti marcelo! e nao me chames de albertina, ja te disse que nao gosto"
-"pronto, pronto, tou a ver que a noitada ontem com o henrique nao resultou! lol"
-"cala-te pa, tu tambem deves poder falar muito deves."
-"pois, é por isso que aqui estou, tenho a impressao de que a tua casa tinha a parede do correrdor branca, em vez de vermelha!"
-"ah? que tas prai a dizer? o meu corredor ainda é branco, como podes ver!"
-"epa, entao nao sei onde fui ontem á noite, so me lembro de um corredor de uma casa pintado a vermelho"
-"olha, quem tem um corredor vermelhor..."
nisto a amiga apresenta-se:
-"ola marcelo :)"
-"ola... deculpa, mas nao me lembro de ti, tavas na festa ontem?"
-"sim, sou a juliana, ontem estava com uma vestido vermelho!"
-"pois, aqui a ju gosta muito de vermelho"
-"esta certo, mas olha la, ias a dizer que nao sei quem tem um corredor vermelho"
e a ju de novo:
-"maria, anda ali buscar umca coisa, desculpa marcelo, ja voltamos!"
elas vao pra sala falar, tentando nao acordar o casalinho, nem pisar nada que estava no chao
começa a maria:
-"pra que foi isto? nao me digas que es tu a gaja do marcelo? lol"
-"fala baixo, tu nao ves que ele nem se lembra do meu nome, alias, nem de mim!"
-"ah ah, nao acredito ju, tu e o marcelo, em tua casa?"
-"opa, tu sabes como é, as cosias aquecem, os quartos enchem, tivemos de ir pra minha casa."
-"lol, nao acredito... ate que fazem um belo casal! então e porque não lhe queres contar?"
-" ELE NEM SE LEMBRA DE MIM PORRA, que lhe vou dizer?"
-"das duas uma, ou dizes que não valeu nada, é melhor ficar sem se lembrar, ou dizes que foi muito bom, e queres repetir"


depois desta revelação bombástica, depois de ter feito figura de urso em frente delas as duas, principalmente á frente da ju, a memoria refresca-se, e começo a lembrar-me da minha aventura, ou melhor, da nossa aventura, minha e da ju...
depois de muitos copos entornados em casa da maria, de uns beijos trocados, tentamos os quartos todos, tentamos ate mesmo a casa de banho, mas estava la o miguel a vomitar...
a juliana estava mesmo bonita, com um vestido vermelho, fino como ceda, que lhe batia plos joelhos, e lhe deixava as delicadas costas á amostras
foi então que ela sugeriu irmos pra casa dela...
na garagem da maria, tinha a minha mota, como eu ja estava com os copos, ju pede-me as chaves e leva ela a mota
a uns quarteirões de distancia, paramos em frente da casa dela, uma pequena vivenda, como a da maria, mas era um pouco mais pequena, nao tinha piscina, o jardim nao era muito grande.
começamos de novo aos beijos á porta de casa, paramos pra abrir a porta, entramos, e reparei no corredor escuro, que quando se acenderam as luzes, se tornou vermelho vivo...
ao fundo, estavam umas escadas em caracol, ela pegou na minha mao, e indicou-me o caminho pro andar de cima.
aos poucos ia avistando o que parecia ser o quarto dela, toda a parte superior da casa, tambem pintado a vermelho, tecto baixo, onde eu ate cheguei a bater com a cabeça.
ao fundo, por cima da porta de entrada, tinha uma janela redonda, que deixava entrar a claridade da lua cheia, e iluminava a cama, que se encontrava por baixo, quase ao nivel do chao.
do lado esquerdo tinha uma secretaria, com o portátil, uns livros e cadernos espalhados por cima
do lado direito, tinha um órgão, e ao lado uma guitarra, perguntei-lhe se tocava, ela disse que tentava, calando-me e dando-me mais uns fugazes beijos.
a ju tem uma boca muito suave, muito doce, estava adorar beijar aqueles labios, parecia o meu primeiro beijo
começamos a despir-nos, ela tirou-me a camisola roxa que trazia
fui subindo a mao pla sua perna acima, cheguei á anca, onde parei e puxei plo vestido vermelho, que lhe caia tao bem na sua silhueta de sereia
ficou apenas com um fio-dental, adivinhem! Vermelho, lindo de morrer
fomos andando aos poucos ate á cama, caimos nela
era macia, como a sua pele, que sentia no meu corpo
percorri cada centímetro com beijos, enquanto sentia suavemente suas unhas arranhar minhas costas
a ju é mesmo bonita, aquele corpo quente, ardente mesmo
tinha as curvas certas, e uns seios perfeitos, redondinhos, e bem saidos
se bem me lembro, estavamos os dois nervosos, mas com o desenrolar da noite, as coisas foram desenvolvendo
ouvia-a soltar pequenos gemidos, e olhei pra sua expressão, estava doidinha de todo, notava-se plo seu revirar de olhos
aquela rapariga estava a deixar-me louco, como nunca antes alguem tinha deixado
perdi a noçao do tempo, do espaço, perdi a noçao da vida
ela parecia conhecer-me melhor que ninguem, sabia exactamente o que queria
estava capaz de dizer que viviamos juntos noutro planeta, noutra dimensao
acho que ambos sabiamos o que vinha a seguir
ela puxou-me com força contra si, e gritou de prazer...


penso pra mim "omfg, como me fui esquecer de uma loucura destas?"


passadas umas horas, acho que, deitados um ao lado do outros a descansar, voltamos pra casa de maria de mota
estava tao contente que bebi ate nao poder mais, e nunca mais vi a ju
ja era tal a bebedeira, que nao pude levar a mota, e fui a arrastar-me ate casa
lembro-me de cair onde deixei a garrafa do whisky...

agora tudo faz sentido.

quando acordo do memorys-time, interrompo a conversa delas

-"entao meninas, isso sai ou nao sai?"
-"sai sai, né ju? sai ou nao sai?"
-"nao sei, ta dificil"
-"olha ju, ja me lembro de ti, estavas muito bonita ontem á noite!"

«the end»

1 comentário:

Anónimo disse...

esta historia pah, eu ja tinha lido esta historia lol onde e k iras buscar estas ideias :s lol