terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Humanwine - Pique




Humanwine
myspace/humanwine


Family built of blood and rust
find a place because we must
shelter our heads from the poisoned wind
squat or rot with the rest of our kin

Petrified tounges twisted and tied
reciting your ridiculous lies and
their minds a figment of itself
their hearts are relics on the shelf

The keepers of the spoils that leech of others toil
spilling blood for oil
these seeds are ours
A gala for Eris, lady of our chaos
children carve altars to you in your skin

Un-Warlike in our way of mind
we are bound to rouse and rise
those who still endure the sham
all of the orphans of our Uncle Sam
and they're raised inerudite
scorned from birth
they do the job better for half what they're worth
and their backs are broken but their hearts are pure
So leave your ego at the door

The tenders of the soil aren't loyal to the royal
the bubbles reached a boil
these seeds are ours
We'll take what we grew
we didn't plant it for you
Work for once cause these seeds are ours

Wrinkled fists secure the right to discern
which to to keep and witch to burn
and you see the world through onyx eyes
watch the world flip on it's side

answering...
answering...
'No!'...
answering...
'No!'

Family built of blood and rust
find a place because we must
shelter our heads from the poisoned winds
squat or rot with the rest of our kind

answering...
answering...
'No!'...
answering
'No!'

Calm sooner or later later calm


http://br.youtube.com/watch?v=vePx472u7q4

domingo, 11 de janeiro de 2009

"The smell of the holy sinful liquid that watches ours souls."

Eras...
Eras só meu...
Foste só meu durante três anos... Só meu e dos teus fantasmas.
Apaixonei-me por ti três vezes...
A 1ª vez foi naquela fim de tarde quente de verão, sentei-me num banco de jardim á sombra de um enorme pinheiro a ler um livro, e quando terminei, encaminhei-me para casa, e foi quando, enfrente ao café do Pablo, nos cruzamo-nos e tu sorriste. Não compreendi porque o fizeste, mas a partir desse dia nunca mais me esqueci do teu hipnótico sorriso, apesar de nunca mais te ter visto.
A 2ª vez foi no metro. Eu estava inquieta, nervosa, á espera que o tempo passasse. Tinha-me mudado á pouco tempo, e ainda não sabia bem os horários. Encostei-me a um poste, e fui checkando o relógio de minuto a minuto. Quando por acaso olhei para a esquerda, no poste que se seguia ao meu, estavas tu, muito sério, a olhar para mim. Não consegui esconder a minha cara de surpreendida a corar, e questionei-me ha quanto tempo ali estarias. Não deixas-te de me fitar com um olhar enigmático. Que pensarias?
Dois segundos entre isto e a chegada do metro. Entrei a correr, quase a tropeçar, esperando que esta não fosse também a tua boleia. Sorte embruxada ou azar divino, entras-te também, mas muito calmamente. O meu coração começou a palpitar com mais força. Eu só desejava que te fosses sentar o mais longe possível de mim, para eu poder fazer uma viagem sossegada. Por mal dos meus pecados, tu olhavas para mim com cara de quem se queria sentar mesmo ao meu lado, mas por educação (penso eu), sentaste-te dois bancos á minha frente, mas virado para mim. Olhei para o relógio, passaram 3 minutos. Segundo o meu novo horário, ainda faltavam 5 minutos para o metro começar a andar.
Não desviavas o olhar de mim nem por um segundo. Porquê? Pensei que tivesse alguma coisa na cara, por isso olhei para o meu reflexo no vidro. Quando olhei outra vez para ti sorriste. Não suportava os teus olhos negros postos em mim, incomodavam-me. Porque raio me estava isto a acontecer?
Não aguentei mais do que 10 minutos daquilo. Assim que o metro fez a sua primeira paragem, aguardei que toda a gente saísse e sai também a correr. Através dos vidros pude ver a tua expressão de pena, de saudade. Por causa desta brincadeira tive de esperar meia hora pelo próximo.
Nessa noite mal consegui dormir. Foi demasiado estranho todo aquele episódio no metro.
Levantei-me mais cedo, deixei a casa arrumada, e sai para ir trabalhar. Era o meu segundo dia, só entrava às 10h, mas como ainda não estava bem ambientada decidi ir mais cedo. Enquanto esperava pelo metro, recordava o que acontecera na noite anterior. Olhei em redor para ver se te encontrava, mas por sorte, nem sombra de ti. Soltei um "ufa" de alívio.
Quando o metro chegou entrei mais descansada, e sentei-me no primeiro acento livre que encontrei. Fechei os olhos dois segundos, e quando os abri vi-te, na fila do lado, a olhar para mim. Assustei-me. Tu riste-te.
Desta vez não podia fugir, tinha mesmo de seguir viagem.
O episódio repetiu-se durante um mês e pouco, todos dias. Comecei a habituar-me, já não me sentia tão constrangida, e por vezes via-te com amigos, assim como eu também muitas vezes ia com as minhas.
Um dia, quando voltava para casa á noite, entrei no metro, e como sempre, coloquei os auscultadores, deixei o volume baixo, tirei o livro que andava a ler, e descontrai. Mas desta vez foi diferente. Tu entras-te, e reparei que estavas muito sorridente. Quando chegas-te perto de mim disseste-me "olá". Involuntariamente arregalei os olhos em direcção ao livro, mas fiz de conta que não te tinha ouvido. Disseste-me "olá" outra vez. Entrei em pânico. Não sabia que havia de fazer. Fiz de contra que não te ouvi novamente. Desiludido seguiste em frente e sentaste-te atrás de mim.
Mas que raio te teria dado para que me fosses dizer "olá"?
Não consegui ler mais, não me conseguia concentrar. Estavas parvo ou quê?
Pensei e pensei no que havia de fazer.
Quando chegou a minha paragem, sai calmamente. Olhas-te para mim pelo vidro, e pela primeira vez fiquei a ver-te partir. Não me sorriste. Fiquei triste, inexplicavelmente triste.
Na manha seguinte decidi que te ia dizer olá.
Como sempre, quando entrei no metro já estavas no teu lugar habitual, mas quando me viste não me sorriste. Estranho. Seja como for, tinha decidido responder-te e foi o que fiz. Quando passei por ti dei-te um "olá" muito seco.
Igualmente como eu na noite anterior também ficas-te admirado, mas ao contrário de mim, não conseguiste esconder o radiante sorriso com que ficas-te.
Ias-te levantar suponho que para vir falar comigo, mas quando olhei para ti com ar desconfiado, desististe e voltaste-te a sentar.
Daqui em diante era "olá" aqui "olá" ali.
Da 3ª vez que me apaixonei por ti era Abril e chovia a potes.
Entrei no metro, como sempre. Sentei-me no meu lugar de sempre, tal como tu também já estavas sentado no teu lugar de sempre, e dissemos "olá" um ao outro, como sempre. O metro parou na nossa paragem de sempre, e calmamente saímos como sempre. Mas nessa manha fria as coisas mudaram.
Subi as escadas calmamente, e quando estava a chegar ao cimo, vi a chuva que escorria escadas abaixo com toda a força que a gravidade pode exercer sobre ela.
Preparei-me para abrir o mini guarda-chuva que trazia na mala.
Enquanto abria o guarda-chuva e continuava a subir as escadas, sentia os teus passos atrás de mim, como sempre, e, como sempre, estava á espera que a qualquer momento passasses a correr pela minha esquerda e saísses metro fora disparado.
Desta vez ias muito devagar, ao mesmo passo que eu, demasiado devagar para ti, demasiado estranho para mim.
Olhei por cima do ombro, ias duas escadas atrás, ligeiramente á minha direita, mas não olhavas para mim, estavas a olhar para o chão.
Quando as escadas acabaram e fiquei a céu aberto sobre a chuva, cobri-me com o guarda-chuva, e olhei-te.
Estavas mesmo atrás de mim. Não dois degraus a trás, nem dois degraus á frente, mas mesmo atrás de mim, a 10 cm de mim. Quase que choquei contra ti. Soltei um "Ah!" e tu beijaste-me pela primeira vez. Assim sem mais nem menos. Sem "olá sou o João", sem nada.
Primeiro não reagi. Depois corei. Quando acordei empurrei-te descolando os teus lábios dos meus. Quando me apercebi que talvez fosses escorregar e cair nas escadas molhadas por te empurrar, fechei a mão que tinha livre sobre o teu peito para te agarrar e puxar, amarrotando-te o casaco. Deves ter pensado que queria mais, porque a tua reacção foi sorrir e beijar-me de novo. Mas não era nada disso que eu queria. Bem, na verdade era, mas não estava a entender nada do que se estava a passar. Empurrei-te de novo para trás, mas desta vez tu já me estavas a segurar firmemente pela cintura, e quase me levantavas no ar.
Rendi-me. Deixei cair o guarda-chuva e a mala e agarrei-me a ti com todas as minhas forças. Pus os meus braços á volta do teu pescoço e tu puxaste-me ainda com mais força contra ti. Beijamo-nos como se não houvesse amanha, não houvesse trabalho para fazer, não houvesse chuva a cair sobre nós nem houvessem pessoas a observar-nos.
Gostei de como as coisas começaram entre nós.
Quando ficamos sem fôlego e completamente encharcados tu finalmente disseste:
- Tens nome?
Eu extasiada como estava só meu saiu:
- O quê?
- Se tens nome?
- Nome?
- Sim, deves ter um nome, começado por V certamente.
- Começado por V?
- Sim, não sei se sabes, mas trazes um colar com um V.
- Trago?
- Não costumas ser tão lenta a captar as coisas.
- Não costumo?
- Podes parar de repetir o que te digo e responder-me?
- Responder ao quê?
- Tens nome?
- Tenho. E tu, tens nome ó Sr. beija desconhecidas?
- Eu não beijo desconhecidas! Eu conheço-te!
- Conheces-me? Então como me chamo?
- Boa pergunta, podes-me responder agora?
- Não, porque não dou o meu nome a quem beija desconhecidas.
- Olá, sou o João. Tu és a... ?
- Preferes Maria ou Diana?
- Preferia o teu nome verdadeiro, algo começado por V.
- Mas o meu nome não começa por V sequer. Chamo-me Raquel.
- Raquel? Então porque tens um V ao pescoço.
- Não queres saber mais nada não Joãozinho? Tamanho do soutien?
- Eheh, não, isso eu já descubro.
- Já descobres? Estás-te a passar meu! Quem pensas que sou?
- És...
- Sou o quê? Vá, diz lá! Porque o quer que eu seja, tu também és. Que lata!
- És a minha namorada!
- Ai sou? Então tu também, porque se eu beijo desconhecidos, tu também, e quem começou foste tu meu... SOU O QUÊ?
- Ahah, nem me ouviste. És a minha namorada.
- Ouve meu, está-te a passar, eu não te conheço de lado nenhum, não sei quem és. Larga-me, deixa-me em paz, e vai á tua vida.
- Raquel...
- Para ti não existe Raquel. Desaparece. Deves pensar que é assim que se conquistam raparigas.

Virei costas, apanhei a mala, o guarda-chuva, e comecei a andar.
- Podias ao menos dar-me boleia, estou todo molhado?
- Não tens guarda-chuva? Azar. E mais molhado que isso é complicado.
- Não sejas assim Raquel. Tu não és assim. Ficas tão mais gira quando coras do que assim zangada. Que mal te fiz eu?
- Que mal me fizeste? Andas a gozar com a minha cara á meses. Sempre que entro naquele maldito metro sinto-me uma anormal.
- Nunca foi intenção minha fazer-te sentir assim. Mas desde o dia em que te vi quando ia a entrar para o Pablo, que não me sais da cabeça. E quando te vi no metro toda preocupada com as horas, não queria acreditar que eras tu. És tão surreal.
- Eu sou surreal? Então o que chamas a quem beija desconhecidas.
- Já te disse, tu não és desconhecida, há meses que te vejo todos os dias entrar e sair do metro. E até me dizes olá, não me digas que é de sem querer.
- Não... Não é de sem querer, mas isto não se faz.
- Isto o que?
- Isto. Perseguir-me escadas a cima para depois forçosamente me beijares.
- Não me digas que não gostaste?
- Não é isso... O que é isto afinal João?
- Tens de ir trabalhar?
- Tenho! Tu não?
- Eu também tens.
- Então tem de ficar para mais logo.
- Nem pensar. Não penses que me escapas.
- João, eu tenho mesmo que ir trabalhar.
- Esquece o trabalho. Anda.
E deste-me a mão e puxas-te por mim.


Faz um ano que tudo mudou...
Apaixonei-me por ti três vezes. E foram só essas únicas três vezes que me mantiveram ligada a ti.
Vivemos muitas coisas juntos. Vimos o mundo crescer e mudar. Vimos muitos nascer, e outros tantos morrer. Vimos a ascensão e a decadência. Vimos o amor e o ódio, a cegueira e mentira, mas ainda aqui estamos, juntos.
Faz um ano que tudo mudou.
Decidimos que estava na altura de progredir, e tão contente que ficamos na altura em que a noticia surgiu, que nem foguete. Na altura achamos que era bom, muito bom, o passo que estávamos a dar. Agora digo-te João, não podia ter sido melhor.
Antes dizia-te que cada alma tinha um corpo, partilhado por dois, agora digo-te que cada corpo tem uma alma, partilhada por todos.
Foste só meu durante três anos... Só meu e dos teus fantasmas.
E depois passas-te a ser só nosso… Só nosso e dos teus fantasmas.
A nossa Vilminha não podia ser melhor do que é.
Apaixono-me por ela todos os dias. Tão pequenina, tão perfeita.
Dizes que a Vilminha é uma miniatura minha, e eu digo que é uma miniatura tua.
Foi a melhor prenda que me podias algum dia ter dado. Só quero ter força para dar todo o meu amor a vocês. São o meu sol e a minha lua. São a minha mãe natureza.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Katatonia - Omerta



Come by you have come far
All I had I lost in the flood
Come sit with me at the bar
Tell me of progress strengthen my blood
No one here knows my name (no)
I have traded my memories for things
But I remember you clearly
Do you remember that I used to sing

Do do doo doo doo doo
Why have you waited so long?
Do do doo doo doo doo
Why have you waited so long?

Come by you have come far
Long since I saw you so how have you been?
Come sit with me at the bar
How long since they told you that they had found him?
No one here knows my name (no)
I gave up my worries for one good thing
But I remember you clearly
Do you remember that I used to sing

Do do doo doo doo doo
Why have you waited so long?
Do do doo doo doo doo
Why have you waited so long?
Do do doo doo doo doo
Why have you waited so long?
Do do doo doo doo doo
Why have you waited so long?

Was it because I never told you
I was going away,
That you waited so long?
Was it because your fucking dreams
Meant nothing to me,
That you waited so long?

It runs from the top of my fingers
Into my hands
What, is it I have been drinking?
I do not understand
I, thought I'd lost you my brother
I'm so glad you came
My regards to the ones that I love I miss them
Tell them I love them I miss them


http://br.youtube.com/watch?v=FnwOIuoeFLA