quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cronofobia

Não é que tenha medo do tempo, mas há algo na sua passagem que me inquieta.
Custa-me ver o numero de cabelos brancos a aumentar na careca cada vez maior do meu pai. Ver o bigode a ficar como que sujo de leite.
Custa-me ver as rugas que crescem dos cantos dos olhos da minha mãe, e a decrescente vontade de ser.
Doi...
E ultimamente tudo tem sido dor...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tu dormes com ela, e eu sonho contigo.

Numa visita de estudo á Igreja de Sto. António, duas filas atrás de mim, uma Srª diz:
- Desculpe, mas a sua marcação tem de ficar para mais tarde porque hoje temos cá uma escola.
Eu viro-me para trás... E para minha surpresa, lá estavas tu. Tu e ela, os noivos, prontos para mais uma das aulas de preparação para o matrimónio. O Matrimónio...
Vi os teus cintilantes e profundos olhos azuis postos no meus...
Não sei se derreti ou se enregelei. Era dor a mais ver-te novamente. Depois destes anos ainda sentir tanto.
É impossivel não te sentir, não te reviver. É impossivel não chorar com o teu sorriso.
Fixaste-me. Inquiriste-te. Levantaste-te
Discretamente disseste-lhe que ias sair. Espalhafatosamente corri atrás.
Encontramo-nos na entrada da igreja, como se fossemos nós os recem casados...
Sorriste por ver que eu estava bem. Entristeci por saber que sorrias por isso.
Não falavas. Vi-te no semblante que não querias falar, apenas querias apaixonadamente observsar-me.
Eu também não queria falar. Não queria ouvir. Não queria ver. Queria sentir-te. Sentir-te presente. Sentir-te apenas.
Mas eu tinha de falar.
Vomitei um turbilhão de perguntas e exclamações, cheguei a dizer-te:
- Eu pensei que tinhas morrido com o Iphone ligado a tomáda!
Que estupidez...
Em vez de aproveitar o momento para te apreciar, fui tornar-me no motivo porque me deixas-te.
Conversamos durante o que me parecerem uns eternos e miseros segundos...
O teu telefone toca... Era a nossa música... A nossa música?
E era ela a telefonar-te, vi-te na cara. Ficas-te sobressaltdo por eu reparar nisso. Mais, ficas-te incomodado por eu reparar na nossa música.
"- Sim..."

quarta-feira, 13 de julho de 2011

As pessoas crescem, e desaparecem...

Doi...
Doi saber que as pessoas por quem já nutri os maiores sentimentos da minha vida, crescem, e desaparecem...
Doi...
Doi mas é a lei natural da vida, crescer, e desaparecer, seja de que maneira for.
Compreendo que não são só eles que desaparecem a mim, eu também desapareço a eles...
É triste... E doi... Doi muito... E vai continuar a doer para sempre...
Um amor incompreendido, e inalcançável...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

No presente, como eles estão:

Os Romances Inesplicaveis de Helena
As suas trapalhadas amorasas.

Parece que depois de mim, todos ficam melhor do que estavam...
Os que não me ultrapassam, ficam presos...
Serei eu o erro da vida deles?