quinta-feira, 23 de outubro de 2008

The shady enlightenment

So pretty in white…
Pure…
Undefined eye…

Does it make any sense?
The magic…
The smell…

Who do you do?
The power…
The perfection…

Who to justify?
The silence…
The pain…

Are you in pain?
Undead body…
Unwashed hands…

Are we alone?
The cliff…
The sin…

Fearless mind?
Madness…
Insanity…

What’s on your soul?
The end is near…
The caged world…


Am I in love?
The pat…
The music…


Pray for poor humanity…

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Broke all mirrors.

Se um dia demorares… Leva o tempo que precisares.

Esvoaçam-lhe os cabelos na desesperada correria.
A chuva cai, escorre-lhe pelas faces junto das encharcadas lágrimas.
Não tem destino, corre por vontade, corre porque sim.
Para trás deixa a memória, com saudade.
Fica com o tempo que sempre indagou.
Sente o fogo crescer-lhe na garganta, fazendo-a fervilhar de cansaço.
Por momentos pára, reflecte no que faz.
terra por toda a parte.
Terra que não é de ninguém, suja, traiçoeira, infiel…
A evasão prossegue com hostilidade.
Sem se aperceber, pensa no sabor a sangue que traz na boca…
Escarlate, cintilante á luz das estrelas.
Fecha os olhos. É impossível esquecer.
Tenta desprezar o desejo, correndo ainda mais.
É infernal, o coração já não aguenta, quer-lhe explodir.
Com fugaz determinação, sem saber por onde continuar, atira-se em frente, segue-lhe o rasto.

domingo, 5 de outubro de 2008

Porém alcancei o distinto.

Desprovi-me da alma e segui o que a carne me intuiu.
Larguei a verdade e fui atrás da vontade.
Verdade falsa, não quero mais saber.
Saltei o consciente e admiti o animal em mim.
Enlouqueci, desvairei.
Elevei-me…
Quebrei-te de tal modo, que te desorientei o sangue nas veias.
Grita, grita aos céus e ao dilúvio.
Espírito e escrúpulos, se os tivesses, mentirias para te poupares.
Devorei-te o crânio, privado de ar.
Prostrado no chão, choras, com falta de lágrimas.
Exaltas “por favor, anjo, salva-me”.
Agarro-te pelo pescoço, sentes as minhas garras na tua espinha.
Angustia, vejo-te nos mortiços olhos.
Se crês que sim, mata-me antecipadamente.
Esgazeias a visão para me divisares o génio.
És incapaz de ver cor dentro do assombro.
Exasperas, gemes por perdão ao Senhor.
Que pena que não te ouve, é tarde de mais.
Ficas-te sem tempo, perdes-te a aposta.
Toda a salvação que procuravas virou-te as costas.
A verdade transcende-te, e vais ser redimido por isso.
Superiormente, engulo-te a seco.
Ficas no negro, perduras nas trevas do meu sangue-frio.
Revoltas-te, contrais-te, cedes, morres.
Esotéricas chamas inflamam-me a garganta.
Abrasam-me a vista.
A única coisa que sempre almejei foi a verdade, e olha no que ela me tornou.
Devorou-me as entranhas, tirou-me a certeza, afogou-me a realidade.
Elevei-me…
Ergui-me ao nível dos Deuses.
Juntei-me àqueles que te largaram só.
Fiquei, insanamente á espera de te ver rogar meu nome.
Sou o aclamado Deus sem alma, a besta errante, o monstro com asas.